Na sua longa história no concelho de Nelas, começou por nos dizer que conheceu o pai do filho, Lucas, em França e começaram a namorar. “Ele, português, regressou ao seu país em 1996, e dois anos depois mandou-me vir morar com ele aqui, na casa da sua mãe, numa aldeia pequena, meio muito pequeno, onde toda a gente fala da vida dos outros – não estou habituada e claro que me apontaram o dedo sendo estrangeira”, relata. Nathalie desde logo quis aprender o idioma – essencial para estar confortável – e decidiu fazê-la da forma mais rápida possível – comprou um “méthode assimile”.
Mas nem tudo foi um mar de rosas nesta aventura. Em 2005 separa-se do companheiro, devido a “violência doméstica”.
“Fui viver sozinha com o Lucas e em 2009 tive cancro da mama, tirei um peito, entretanto fiz reconstrução e está tudo bem desde então”, conta, explicando que, de alguma forma, entrou depois na melhor fase da sua vida em Nelas : “O Lucas entrou no ABC de Nelas, tinha 7 anos e como eu o acompanhava sempre,o Mister Jorge Coelho perguntou se queria fazer parte da direção. Claro que aceitei, porque representava mais um desafio para mim. Comecei com três escalões, e desde então nunca mais quis outra coisa. Em 2015 entrei como funcionária do Clube (claro que trabalhei antes, como na Movecho ou na SFPC Capacetes).
Termina enaltecendo o nosso país “Portugal tem praias lindas e Serras lindas, monumentos cheios de história. O sol e calor no verão, não muito frio no Inverno. Adoro viver cá. Quando tenho um fim de semana de livre, aproveito e vou sem destino, descobrir os encantos deste país”, claro tudo isto na companhia do atual e “inseparável” companheiro.