O Pátio da FLL foi testemunha, com o cair da noite, do casamento feliz entre Jazz e Poesia. Num ambiente intimista, as palavras de Nicolau Santos desfilaram ao ritmo peculiar dos saxofones, perante uma plateia que assistiu de coração cheio.
O “receio” de Manuel Lourenço de “atuar no interior do país” foi dissipado pelo “ambiente e generosidade humana desta aldeia que deixa explorar o que nos vai na alma”. A voz de Cláudia Franco não é estreia por estes lados, mas a Lapa do Lobo é o seu “lugar de preferência pela atenção e adesão da plateia”. Nicolau Santos também se deixou surpreender por quem assistia. “A reação do público excedeu o que eu estava à espera. A ovação de pé no final do espetáculo foi muito calorosa e parece-me significativo de que tivemos aqui um dos nossos melhores públicos”.
Emília Oliveira não reside na Lapa do Lobo, mas “a paixão pelo Jazz” trouxe-a a este concerto. “Está a ser fantástica a união entre poesia e jazz. Cada vez mais as pessoas dão preferência a esta cultura, que vive da uniformização fascinante destas aldeias no interior do país. Estou encantada com a atuação”.
A arte de renda de Bilros faz parte do ADN cultural da Lapa do Lobo e não podia faltar no primeiro encontro artístico. Carolina Monteiro é estreante nesta arte, mas a experiência já se tornou memorável. “O mais difícil é a concentração para manusear os bilros. Estamos habituados a um ritmo acelerado e esta oficina obriga-nos, no bom sentido, a acalmar e a concentrar nesta arte de forma minuciosa”.
Marta Dias, professora de renda de bilros na Fundação Lapa do Lobo, abriu as portas aos cavaletes e almofadas-rolo para promover uma experiência ao som do tilintar dos bilros. “A oficina foi um sucesso. Os participantes adoraram aprender a arte de renda de bilros. É de louvar estes eventos porque nos dão oportunidade de transmitir estas aprendizagens e das pessoas mostrarem os seus trabalhos.”
Existem “criaturas que saem dos nossos sonhos!”
Dennis Xavier e Sofia Moura, da Contos e Cantos, esta tarde no jardim da Escola de Artes – Contracanto, encantaram com histórias. Os mais pequenos sorriam ou regalavam os olhos aos seres estranhos que as páginas dos livros fizeram saltar, entre melodias harmoniosas e cores cativantes … A mensagem acentuou a força do “acreditar desde criança, mesmo que sejam coisas estranhas”, porque “pode existir tudo” o que se desejar , porque a palavra “acreditar é infinita”. Entre Pai Natal, fadas, super heróis, e outros, uma das mães sublinhou a força do acreditar no Amor! E você no que acredita?
Faz de conta, jogos e interpretações teatrais foram o mote para uma tarde em família na Escola de Artes – Contracanto. Sofia Moura, atriz e professora da Contracantinho do teatro musical, instruiu a oficina “Descobre-te! Teatro para Famílias”. “Com as famílias é sempre mais divertido, sendo uma sessão que proporciona bons momentos de riso, desinibição e interação entre pais e filhos e com outras famílias”. No final, as pessoas saíram com um sorriso no rosto”. Que o diga João, de 11 anos, que participou com os pais e achou a oficina divertida. “Aprendemos coisas novas” entre “adultos e crianças”, desde “teatro ou fazer rir”. Pedro, o pai de João, valorizou esta oficina e enaltece a “Contracanto como o ex-libris da região”.
O Pátio da FLL silenciou-se e deu voz ao Canto Coral, com uma atuação da CANTAT e Canto e Encanto, dois coros de maior relevo da região. Segundo Odete Pinto, um dos elementos do coro Canto e Encanto, “os aplausos do público” atento à musicalidade sentida “mostraram que a atuação foi apreciada”, referindo que este tipo de iniciativas “assumem grande importância pelo convívio”. A atuação do Canto Coral trouxe agitação a estas terras e mostra “que esta atividade é um excelente cenário de ocupação para os jovens. Para além disso, o canto coral é excelente para relaxar e acalmar”, afirma Ana Silva.


A Galeria da FLL ganhou vida com a Oficina de iniciação à construção de Postais Pop-up, de José Alberto Rodrigues, professor e colecionador de livros pop-up. “Apesar de nunca terem contactado com a técnica, os participantes estavam motivados e produziram postais da Lapa do Lobo e outros materiais sem dificuldade, num ambiente de trabalho excelente”.
A experiência foi vivida entre olhares atentos, vontades ávidas por mais conhecimento acerca desta técnica e minuciosidade dos gestos no trabalhar do papel para idealizar um postal pop-up que contasse a história da Lapa a que o lobo ousou também dar nome. Entre cortes e dobragens, o projeto encantou Bruno Cardina: “achei fascinante não só pela história, mas porque se trabalha a manipulação, a criatividade e é preciso não deixar esquecer e desaparecer o mundo dos livros animados nas livrarias”.
Se tem curiosidade acerca da engenharia do papel consulte mais informações em https://www.facebook.com/UpUpPopUp/
Fonte : https://www.facebook.com/lapadoloboaldeiacultural/?hc_ref=ARRXT1GoR_2LQSoX7WX8A68OmFiUcO7XYxAPNdH9F2vWKmAlNVEWyllEXTKSpIkp4sA&fref=nf